John Tombes: Biografia e Breve Catecismo Sobre Batismo (II)

Considerando que o próprio termo “batista” não tem uma origem ou uso tão natural quanto se poderia supor, é também de se esperar que a identificação conceitual de um batista, i. e., o conjunto de ideias e práticas que definem um batista, seja igualmente labiríntica. John Tombes foi, talvez, o melhor exemplo disso. As narrativas tradicionais sobre o surgimento dos Batistas envolvem, sempre, a contextualização dos movimentos separatistas na Inglaterra. Mas será que o ser batista exigia, como força de necessidade, abraçar o separatismo? Tombes nunca deixou os quadros oficiais da Igreja Anglicana, embora atuasse em uma frente complementar, conduzindo uma congregação segundo doutrinas essencialmente batistas.

A narrativa que associa o separatismo ao movimento batista, para além das evidentes conexões históricas, é sugerida pelo próprio corpo doutrinário produzido pelas primeiras gerações de batistas. Tanto a 1CFL (Capítulo XXXVI) quanto a 2CFL (Capítulo XXVI) apresentam, como artigo de fé, uma visão eclesiológica congregacional, o que leva a crer que ser batista implica, necessariamente, ser congregacional. Não exatamente. Não no século XVII, pelo menos. Tombes é geralmente retratado como figura anômala, por bons motivos, mas é útil perceber que Benjamin Cox, Batista Particular de enorme importância, teve uma trajetória parecida com a de Tombes.

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O Catabatismo e a desqualificação dos imersionistas

A propaganda religiosa via flauteio sempre foi prática comum, mesmo entre os homens mais pios. Os Batistas e Anabatistas foram, como se sabe, pára-raios do escárnio reformado durante pelo menos um século. O trecho a seguir é um excerto da obra de William Whitsitt, A Question in Baptist History, e sugere uma forma de ataque frequentemente ignorada pelos historiadores.

Costumava-se dizer que a palavra Katabatista [sic], tão frequentemente aplicada aos Anabatistas por seus oponentes durante o período da Reforma, continha prova indisputável de que eles eram imersionistas. A preposição kata, em seu uso primário ou local, significa baixo, e assim, argumentava-se, um Katabatista deve ter sido alguém que batizou para baixo, isto é, imergindo. Mas assim como ana, significando primariamente cima, veio a ser usado no sentido de novamente, assim também kata, em diversos termos técnicos, significa contra, e o Prof. Scheffer mostrou plenamente que no uso de autores contemporâneos, este era o significado na palavra aqui considerada, e que Zwingli e outros, ao designá-los Katabatistas, queriam dizer apenas que eles eram “contra” o batismo comumente aceito. Assim, as mesmas pessoas eram chamadas Anabatistas, ou Rebatizadores, porque eles batizavam sob profissão de fé aqueles que haviam sido cristianizados na infância,¹ e Katabatistas, ou oponentes do batismo infantil. [Entretanto,] enquanto a maior parte dos crentes Anabatistas praticavam afusão ou aspersão para batizar, havia algumas exceções a favor da imersão.

(A Question, pp. 37-38; sublinhado: itálico original)

¹ A expressão “cristianizados” era comumente usada, em virtude de seu caráter iniciático, como sinônimo de “batizado”. “Infância”, aqui, é uma referência a recém-nascidos.

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