Batismo e profissão de fé: Identidade ontológica ou alteridade simbólica?

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[…] de forma que, se não há batismo em Cristo, então não há confissão de Cristo, segundo esta prescrição, Mt 28:19; 1 Cor 12:13; Gl 3:27; Rm 6:3; Ef 4:5; Lc 7:30.

Como o próprio autor da questão esclareceu mais tarde, subjaz à pergunta uma visão de profissão e batismo como manifestações distintas e dissociadas, e a indagação foi motivada por uma dificuldade de entender o batismo enquanto profissão de fé (i.e., identidade ontológica):

Na sequência, o tópico suscitou uma discussão sobre a confessionalidade e historicidade da visão de que o batismo é uma profissão pública de fé, o que levou ao questionamento se essa visão era familiar ou estranha à Patrística Batista e ao puritanismo de seu contexto, tratando-se de doutrinas póstumas ligadas a uma visão simbolista do batismo.

Tive a oportunidade de conversar individualmente com o Henrique Botini, que me esclareceu que não tinha nenhuma intenção de questionar a visão do batismo enquanto profissão de fé durante o século XVII, mas sim de propor que a visão do batismo somente enquanto profissão de fé, privado de benefícios espirituais concretos, seria alheia aos puritanos e à Patrística Batista, no que eu julgo que ele está correto.

 

Bobby Jamieson: “Quando a fé se torna pública”

Primeiramente, um exemplo recente. Em 2015, Bobby Jamieson, pastor auxiliar na Capitol Hill Baptist Church, publicou sua importante obra Going Public: Why Baptism Is Required for Church Membership. O subtítulo da obra deixa claro qual é a tese central do livro. Contudo, Jamieson percorre um longo caminho teológico a fim de defender sua posição e, entre outras coisas, argumenta precisamente que o batismo deve ser entendido como uma profissão pública de fé. O batismo, diz, é “quando e fé se torna pública”. 

O primeiro argumento de Jamieson remete ao evento de Pentecostes, colocando o leitor na pessoa de um dos judeus presentes:

Jamieson referencia, a este respeito, a obra de G. R. Beasley-Murray, Baptism in the New Testament. Seu argumento é que o batismo é a forma pela qual os cristãos se identificam, não para si mesmos, mas para os outros, em meio aos outros. Outras passagens interessantes complementam o argumento de Jamieson:

No Novo Testamento, todos os cristãos são batizados, e todas as evidências que nós temos apontam para o fato das pessoas sendo batizadas assim que abraçavam o evangelho. Depois de confiar em Cristo, o batismo é a primeira coisa que um crente faz. É como a fé se torna pública.  […]

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