John Tombes: Biografia e Breve Catecismo Sobre Batismo (II)

Considerando que o próprio termo “batista” não tem uma origem ou uso tão natural quanto se poderia supor, é também de se esperar que a identificação conceitual de um batista, i. e., o conjunto de ideias e práticas que definem um batista, seja igualmente labiríntica. John Tombes foi, talvez, o melhor exemplo disso. As narrativas tradicionais sobre o surgimento dos Batistas envolvem, sempre, a contextualização dos movimentos separatistas na Inglaterra. Mas será que o ser batista exigia, como força de necessidade, abraçar o separatismo? Tombes nunca deixou os quadros oficiais da Igreja Anglicana, embora atuasse em uma frente complementar, conduzindo uma congregação segundo doutrinas essencialmente batistas.

A narrativa que associa o separatismo ao movimento batista, para além das evidentes conexões históricas, é sugerida pelo próprio corpo doutrinário produzido pelas primeiras gerações de batistas. Tanto a 1CFL (Capítulo XXXVI) quanto a 2CFL (Capítulo XXVI) apresentam, como artigo de fé, uma visão eclesiológica congregacional, o que leva a crer que ser batista implica, necessariamente, ser congregacional. Não exatamente. Não no século XVII, pelo menos. Tombes é geralmente retratado como figura anômala, por bons motivos, mas é útil perceber que Benjamin Cox, Batista Particular de enorme importância, teve uma trajetória parecida com a de Tombes.

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John Tombes: Biografia e Breve Catecismo Sobre Batismo (I)

Há um episódio não contado da história da Assembleia de Westminster, em particular, e do Puritanismo, em geral. É sobre um acadêmico e pastor Puritano chamado John Tombes.

Michael T. Renihan, The Antipaedobaptism of John Tombes, p. 127.

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Nem sempre foi fácil identificar um batista. No século XVII, a dinâmica religiosa frequentemente desafia nossas taxonomias. Comumente se afirma que, durante o século XVII, havia dois grupos distintos de Batistas: os Gerais, que desposavam uma teologia arminiana, e os Particulares, que abraçavam uma soteriologia calvinista. Mas a história é mais complexa que isso, como nos lembra Robert Torbet:

Havia quatro grupos de Batistas na Inglaterra durante o século XVII: os Batistas Gerais, com sua ênfase Arminiana na teologia, os Batistas Particulares, que defendiam um Calvinismo estrito, os Batistas do Sétimo Dia, que eram recrutados amplamente dos homens desapontados com o [movimento] da Quinta Monarquia, e uma seção cruzada de Batistas Gerais e Particulares que confraternizavam com os Independentes (Congregacionais pedobatistas) e mantinham uma elevada vida social e cultura.

A History, p. 54.

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