As raízes batavas e congregacionais do “half-way covenant”

O assunto é ligeiramente off-topic para os propósitos deste site, mas costuma circular com frequência na literatura batista, geralmente servindo como um exemplo das aporias do pedobatismo. Paul K. Jewett descreveu o problema do half-way covenant e de suas origens da seguinte forma:

[…] Os Puritanos, em Massachusetts, batizavam todas as crianças de cristãos professos. Assim, havia (como é sempre o caso nas comunidades Pedobatistas) um duplo tipo de membresia eclesiástica. Havia alguns que eram membros somente por batismo, aqueles nascidos de crentes professos; outros eram membros plenos da aliança, com direito a participar da comunhão, os quais eram eram nascidos de novo do Espírito de Cristo (daí a distinção entre membros “não-comungantes” e “comungantes” nos governos Presbiterianos e Reformados). Como resultado de tal arranjo, naturalmente aparecia, na segunda geração, pessoas adultas batizadas enquanto bebês que eram ortodoxos nas crenças e corretos em sua vida, embora não fizessem profissão de uma experiência pessoal da graça salvífica de Deus em seus corações e nunca chegassem à comunhão como membros plenos da igreja. Essas pessoas, compreensivelmente, não se consideravam pagãs e infiéis. Não estavam elas “na aliança”, e não tinham recebido o batismo como sinal da aliança? Por que, então, seus filhos deveriam ser privados do mesmo privilégio? Poderíamos colocar desta forma: Se Deus tem filhos (crentes) e netos (filhos de crentes), por que ele não pode ter bisnetos (filhos de filhos de crentes)?

Infant Baptism, pp.116-119.

Continuar lendo

.:Christopher Blackwood e o problema da “administração” da Aliança da Graça:.

Recentemente, Brandon Adams se engajou em uma discussão cordial e saudável com Michael Beck – e, por tabela, com Chris Caughey – acerca da ideia da “administração” da Aliança da Graça no período veterotestamentário, uma posição geralmente irredutível para os pedobatistas. O debate teve desdobramentos nos comentários do blog de Adams e em um post subsequente de sua autoria. A ideia é a seguinte: por meio da tipologia e dos “sacramentos” da Velha Aliança mosaica, isto é, a circuncisão, os sacrifícios animais e outros símbolos, os benefícios da Nova Aliança seriam efetivamente, i.e., espiritualmente, administrados aos santos da Velha Aliança. Dessa forma, os participantes da “dimensão externa” da Aliança da Graça participariam, pelos próprios meios externos dessa aliança, da “dimensão interna” da Aliança da Graça, que seria de fato união com Cristo.

Pois bem. Não pude deixar de lembrar das palavras, um tanto ácidas e jocosas, de Christopher Blackwood, precisamente acerca dessa questão, em debate com Thomas Blake:

Réplica. Uma caixa que carrega uma joia é a parte exterior da joia? Um cano de condução de água é a parte exterior da água? Pois sim, com a mesma boa lógica é que as Ordenanças de Deus, pelas quais Deus transmite sua aliança no sangue de Cristo à alma, são a parte exterior dessa aliança do sangue de Cristo transmitida à alma; teu dito, de que porque as Ordenanças transmitem a aliança, eles são a parte externa da aliança, é uma proposição que se destrói a si mesma, como se dissesses que o jarro de Arão, Ex. 16.33, que guardou o Maná para as gerações de Israel, fosse a parte exterior do Maná. 

Apostolicall baptisme, p. 39.

A conclusão óbvia é que os batistas do século XVII podem ensinar, além de teologia, boas doses de humor.

*

BLACKWOOD, Christopher. Apostolicall baptisme, or A sober Rejoynder to a Book written by Mr. Thomas Blake. Desconhecido.

the many-headed monster

the history of 'the unruly sort of clowns' and other early modern peculiarities

Sacred & Profane Love

Conversations about Art and Truth

Pactualista

Subscrevendo a Confissão de Fé Batista de 1689

Crawford Gribben

mainly on John Owen and J.N. Darby

Queens' College old library BLOG

Special Collections and Archives at Queens' College - University of Cambridge, UK

Petty France

Ressourcing Baptistic Congregationalist and Particular Baptist History

Reformed Baptist Academic Press

Uma imersão em Patrística Batista

Contrast

The light shines in the darkness, and the darkness has not overcome it

IRBS Theological Seminary

Training Ministers to Preach the Gospel (2 Timothy 2:2)

HangarTeológico

Uma imersão em Patrística Batista

The Confessing Baptist

Uma imersão em Patrística Batista

Reformed Baptist Fellowship

Reformational, Calvinistic, Puritan, Covenantal, Baptist

Reformed Baptist Blog

Uma imersão em Patrística Batista