Em janeiro de 1912, Champlin Burrage, renomado historiador dos movimentos religiosos dissidentes na Inglaterra do século XVII, escreveu o importante artigo The Restoration of Immersion by the English Anabaptists and Baptists (1640-1700). Ali, Burrage chamava atenção para um curioso documento que poderia lançar luzes sobre a origem do batismo imersivo na Inglaterra. Trata-se de um poema de Richard Younge, publicado então anonimamente, em 1659, intitulado Anti-Quakerism, or, A Character of the Quakers Spirit, from its Original and first cause.

O subtítulo quilométrico, como de costume, serve como sinopse e carta de intenção:
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Escrito por um cavalheiro que esteve por treze anos entre os Separatistas para fazer Observações, e agora retornou para casa com a plena intenção de expor todo o Mistério da iniquidade, ao desvelar a Prostituta, para que os homens não mais possam beber do vinho de suas Fornicações; ele jurou o celibato e dedicou-se plenamente aos exercícios da mente. E aqui ele descreveu o espírito do Quakerismo.1. Ser um Puritano estrito. 2. Um Anabatista. 3. Um Seeker. 4. Um Ranter. 5. Um Quaker, e, por que não, todas as coisas, e nada. Pelo qual caráter, todo Homem pode, em alguma medida, ver o engano de sua própria imaginação e ser cuidadoso, e devidamente atento consigo mesmo.Anti-Quakerism, p. única